quinta-feira, outubro 19, 2006

Lero, lero...




Arte Naif

Jardim do Éden", 2005, de Malu Delibo. Acrílica sobre tela, 50 x 100cm

O guardador de rebanhos

Foto da Terra neste instante

Esta foto é gerada por satélite e enviada à Terra a todo instante (24 horas por dia). Sempre que abrir estará vendo a situação em tempo real. Quando abrir, é só clicar na região de seu interesse que a foto gira.



quarta-feira, outubro 18, 2006

A Memorable Fancy

As I was walking among the fires of hell, delighted with the enjoyments of Genius, which to angels look like torment and insanity, I collected some of their Proverbs; thinking that as the saying used in a nation mark its character, so the Proverbs of Hell show the nature of Infernal wisdom better than any description of building or garments.
When I came home: on the abyss of the five senses, where a flat sided steep frowns over the present world, I saw a mighty Devil folded in black clouds, hovering on the sides of the rock: with corroding fires he wrote the following sentence now percieved by the minds of men, & read by them on earth:

How do you know but ever`y Bird that cuts the airy way, Is an immense world of delight, clos`d by your senses five?

William Blake
(1757-1827) poeta, pintor, impressor e gravador inglês.

Yeats


Eu sussurrei: “Sou jovem demais”
E depois: “Sou velho o bastante
Assim sendo joguei uma moeda
Para descobrir se podia amar.
“Vá e ame, vá e ame donzela
Se o rapaz for jovem e belo”
Ah, moeda marrom...
Fui laçada nos braços dele...
O amor é tortuoso...
Ninguém é sábio o bastante
Para descobrir tudo que ele contém
Pois ele ficaria pensando no amor
Até que as estrelas tivessem fugido
E as sombras encoberto a lua
Ah, moeda, moeda marrom...
Não se pode começar cedo demais.

William Butter Yeats (1865-1939)
Dramaturgo e poeta irlandes

Kathâsaritsâgara de Somadeva

A expressão vem de uma antiga coletânea da Índia, do século XI; é a tradução do nome sânscrito que significa: "mar formado pelos rios de histórias". Coletada e organizada por ninguém menos que dois grandes mestres da cultura brasileira contemporânea :
Paulo Ronai (1907-1992) - foi tradutor, revisor, crítico, professor de francês e latim.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (1910-1989) foi um grande crítico literário, lexicógrafo, filólogo, professor, tradutor e ensaísta brasileiro.
Esta antologia é uma obra didática, recreativa, informativa e gostosa de ler, composta por 10 volumes, precedidas de ensaios por parte de seus organizadores.

..."Foi no fim do século XI que o escritor hindu Somadeva compilou vasta enciclopédia de contos, o Kathâsaritsâgara, isto é "O Oceano em que Deságuam os Rios de Histórias", cujo título inspirou o da presente antologia.
A Obra constituída de 350 histórias contidas num total de 21.388 quadras, baseia-se principalmente no Brarhkathâ (`Grande Narrativa, de Gunadhya), escritos no primeiro século de nossa era; transmite, pois, um material de ficção muito antigo, nela estão incluídas entre outras, uma versão completa do Pantchatantra e outra do Vetâlapatchavimchati (Os vinte e Cinco Contos do Vampiro)
Considerada pelos especialistas tão importante quanto as Mil e Uma Noites, essa compilação, escrita com elegância, e inspirada em conceitos exóticos de moral, mas por outro lado, em experiências comuns a toda humanidade, conserva além de histórias provenientes de toda a Ásia, e inúmeros motivos de folclore, um amplo registros de superstições, crenças e costumes curiosos.
"Somadeva pode ser considerado o mestre hindu da arte do conto" – escreve a seu respeito Charles Hyart. – "Em nenhum outro escritor se encontram tão bem reunidas as qualidades fundamentais do narrador. Sua imaginação se desenvolve numa viva cintilação de cores e luzes. Os sentimentos que pinta são alternadamente alegres e graves. A sua inesgotável fantasia, que mistura a realidade ao sonho, evoca ante nossos olhos um mundo atraente, aliciante. Cheio de sabedoria, o seu pensamento alia as especulações do seu tempo e uma concepção do mundo profundamente humana. O estilo da obra é relativamente simples. O escritor conhece os processos empregados na literatura artística, porem usa-os com uma sobriedade e um bom gosto que fazem jus ao nosso aplauso. Não queremos, porém dizer que a obra seja perfeita, seu plano, especialmente, não obstante os esforços de Somadeva, revela uma incoerência fundamental."
A história do amor que ressucita e regenera os mortos, aqui reproduzida, é um espécime característico dessa importante coletãnea, que ainda se lê com agrado."

(Ensaio que precede o conto: Eu quero o ladrão, pg. 147 do v.1.)

terça-feira, outubro 17, 2006

Mafaldices...

Stéphane Mallarmé


"O mundo existe para acabar em Livro"


Stéphane Mallarmé
(1842-1898) Escritor e poeta francês









Edouard Manet. Portrait of Stéphane Mallarmé.
1876. Oil on canvas. Musée d'Orsay, Paris, France

Identidade

"Em minha juventude estouvada, enquanto meus amigos sonhavam com feito heróicos nos domínios da engenharia e do direito, das finanças e da política nacional, eu sonhava em me tornar bibliotecário. A indolência e o gosto incontido pelas viagens quiseram que não fosse assim. Agora, porém, tendo atingido a idade de 56 anos (que segundo Dostoievski, em O idiota , é "a idade que se pode dizer com justiça que a verdadeira vida começa"), voltei ao meu antigo ideal, embora possa não me considerar um bibliotecário propriamente dito, vivo entre estantes que proliferam o tempo todo e cujos limites começam a se borrar ou a coincidir com os da própria casa."

Alberto Manguel
30 de janeiro de 2005

Obras na Biblioteca de Kansas City, um painel protetor e publicitário



Biblioteca de Alexandria. Um disco no meio de um lago. Absolutamente linda!

Podemos imaginar os livros que gostaríamos de ler, mesmo que ainda não tenham sido escritos, e podemos imaginar bibliotecas cheias de livros que gostaríamos de possuir, mesmo que estejam muito além do nosso alcance, porque gostamos de sonhar com uma biblioteca que reflita cada um de nossos interesses e cada uma de nossas fraquezas – uma biblioteca que, em sua variedade e complexidade, reflita integralmente o leitor que somos. Assim, não é absurdo supor que, de modo semelhante, a identidade de uma sociedade ou de uma nação possa ser espelhada por uma biblioteca , por uma reunião de títulos que, em termos práticos ou simbólicos, faça as vezes de definição coletiva.
Extraído do livro "A biblioteca a noite" pg.241
de Alberto Manguel (ensaísta, organizador de antologias, tradutor, editor e romancista)

Bravo! Os 100 livros essenciais nacionais


Escritores costumam ser, até por ofício, bons frasistas. É com essa habilidade em manejar palavras, afinal, que constroem suas obras, e é em parte por causa dela que caem no esquecimento ou passam para a história. Uma dessas frases, famosa, é de um dos autores que figuram nesta edição, Monteiro Lobato: “Um país se faz com homens e livros”. Quase um século depois, a sentença é incômoda: o que fazer para fazer deste um Brasil melhor? No que lhe cabe, a literatura ainda não deu totalmente as suas respostas.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Bertolt Brecht

Nós vos pedimos com insistência:
Não digam nunca: "isso é natural"!
Diante dos acontecimentos de cada dia,
numa época em que reina a confusão,
em que corre sangue,
em que o árbrito tem força de lei,
em que a humanidade
se desumaniza,
não digam nunca:
"isso é natural!"
Para que nada passe
a ser imutável!
Bertold Brecht
(1898-1956) escritor e diretor de teatro alemão


...sempre corri atrás de mim

como uma criança

atrás de um balão levado pelo vento

eu era o vento e não sabia.

Alexandre Brito

poeta, músico, letrista, produtor cultural

Blues


I'm sorry baby,
but I can't afford to stay.
Your good, kind treatment will worry me someday.
I love you baby, but I'm gonna have to say goodbye.
Woman, I got to move,
I really got to fly.
Same thing every morning,
Tell me what's it all about.
I get those same old blues every night.
I miss you already, baby, more than words can say.
Seems like I've been gone twenty-four hours,
more like a million days.
I love you baby, you know I woudn't tell you no lies.
If you don't believe I love you,
look at the tears standing in my eyes.
Here I am back home, baby,
I'm back home to stay.
I love you babe, never more will I go away.
I won't hurt you no more, baby, ain't gonna tell you no more lies.
No more running 'round, no more phony alibis.
Same old Blues
Eric Clapton (O Deus da Guitarra e do Blues)
DVD Music for Montserrat