sexta-feira, julho 13, 2007

Dia Mundial do Rock

No dia 13 de julho de 1985, foi realizado o histórico show Live-Aid (Ajuda ao vivo).
O evento foi idealizado pelo irlandês Bob Geldof, integrante da banda Boomtown Rats, para ajudar as pessoas que passavam fome na África. Os shows aconteceram simultaneamente em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos.
Cerca de 170 mil pessoas participaram da maratona musical – 70 mil na Inglaterra e 100 mil nos Estados Unidos, enquanto 1,5 bilhão de pessoas assistiram tudo pela TV.
O objetivo era reverter toda a renda obtida para as vítimas da seca que devastava a África. Com a venda de ingressos a 35 dólares e a venda dos direitos de transmissão a 160 países, o espetáculo conseguiu arrecadar cerca de 70 milhões de dólares. Participaram do Live-Aid artistas como Mick Jagger, Tina Turner, Madonna, David Bowie, Sting, Phil Collings, Eric Clapton, Elton John, Paul McCartney, Jimmy Page, Robert Plant, além das bandas U2, Ozzy Osbourne e The Who, entre outros. A idéia de montar o espetáculo surgiu quando George Geldof assistiu, pela televisão, o documentário Fome na Etiópia. Ele ficou chocado em ver a situação das pessoas que não tinham forças nem para espantar, do próprio corpo, as moscas que as rodeavam.



"Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe".
Pablo Neruda, poeta, diplomata,
1904-1973

Cores de Frida Kahlo





"Acreditavam que eu era surrealista, mas não o era.
Nunca pintei meus sonhos.
Pintei minha própria realidade".

Frida Kahlo
1907-1954

quarta-feira, julho 11, 2007

Metade

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que triste.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço,
Que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba, e que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia e a outra metade, a canção.
E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade...
Também.

Poema de O.Montenegro
Desenho de Federico Garcia Lorca

Nenhum de nós pode programar a vida como linha reta imutável, inflexível...

A cada instante as surpresas rebentam e temos que ter humildade e imaginação criadora para ir salvando o essencial através do inesperado de cada instante..."



(D. Helder Câmara)

terça-feira, julho 10, 2007